segunda-feira, 19 de julho de 2010

Invasões Bárbaras e Feudalismo


   A partir do século III, o Império Romano enfrentou diversas crises internas e invasões de povos Germânicos.Em 395, para tentar solucionar os problemas, o Imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes: uma no Ocidente, com capital em Roma, e outra no Oriente, sediada em Constantinopla.
Separados, os dois impérios conheceriam destinos diferentes. O poderoso Império Romano do Ocidente não resistiria ás pressões em suas fronteiras e ruíria, dando lugar a diversos reinos, nos quais surgiria um novo tipo de sociedade, baseada em tradições Germanicas e Romanas: a Sociedade Feudal.
O Império Romano do Oriente, alternando momentos de apogeu a graves crises, ainda  sobreviveria por quase mil anos. Com este tema, iremos estudar o destino da Europa Ocidental após a desagregação do Império Romano do Ocidente.

1. Período Medieval Europeu
  • Dividido em duas grandes etapas: Alta Idade Média (século V a século X) e Baixa Idade Média (século XI a século XV).
2.Invasões Bárbaras
  • Características dos povos germânicos:
  • Sociedade: da sociedade sem estado, organizada em clãs, evoluiu-se para a sociedade de classes;
  • Economia: desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, em função das necessidades coletivas. Bosques, pastos e água eram explorados de forma comunitária;
  • Religião: adoravam forças da natureza e acreditavam que os guerreiros iriam para o paraíso;
  • Direito:  normas costumeiras, utilização do ordálio;
  • Artes: destaque para a ornamentação de objetos, como armas, braceletes, anéis etc.
  • Fases na penetração dos bárbaros: migrações (até século V) e invasões (a partir do século V). A chegada dos Hunos foi o fator de ordem externa que mais colaborou para desencadear as invasões. 
3. A Feudalização Européia
  • Combinou elementos Romanos (colonato e fragmentação do poder político) e Germânicos (economia agropastoril, comitatus e beneficium).
  • Estamentos da Sociedade Feudal: Nobreza, Clero e Servos.
  • Obrigações Servis: corvéias, retribuições prestações.
  • Poder Político: união social através dos laços de Vassalagem: Suserano (senhor que concedia os feudos) e Vassalo (pessoa que recebia do feudo).
  • Economia: o feudo era uma das principais unidades produtoras (agricultura e criação de animais), tendo caráter auto-suficiente. O comércio sofreu atrofiamento.


O Pacto de Vassalagem

As obrigações entre o Suserano e seu Vassalo podiam ser firmadas numa cerimônia complexa, na qual eram dados vários passos.
Em um primeiro momento, o futuro Vassalo ajoelhava-se perante aquele que se tornava seu senhor passava a se considerar homem de sua confiança.
Depois, o Vassalo jurava fidelidade ao senhor diante da bíblia ou de relíquias de santos.Em algumas regiões, esse ato era concluído com um beijo.
O último ato da celebração era a investidura, pela qual a Vassalo recebia do senhor um ramo ou algum objeto que representava a doação de um feudo.



A auto-suficiência do feudo

A Vila Franca era uma verdadeira célula econômica que devia prover às necessidades do senhor e da comunidade rural.
Fora da Vila eram comprados somente alguns raros produtos preciosos, de origem longínqua, sempre trazidos com grande despesa: objetos religiosos, como relicárias, cálices, vestes sacerdotais para os Bispos, por vezes as armas do senhores.
O grande domíno(feudo)produzia não só os viveres dos homens e dos animais, os instrumentos dos camponeses, as armadilhas para os caçadores e guarda florestais, os tonéis para armazenar vinho e gêneros salgados, mas também as roupas de couro, as peças de sarja e os tecidos de linho.


REINOS BÁRBAROS


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